domingo, 29 de maio de 2011

Medo de ler os clássicos


É só falar em grandes clássicos da literatura brasileira e internacional e a maioria das pessoas treme na base. Certo? Sim! Isso porque o boato que corre a respeito desses livros barbudos e de muita “responsa” é que eles geralmente são tediosos e difíceis. Certo? Errado! Segundo reportagem da revista VIDA SIMPLES, a leitura de clássicos além de ser recomendada e cheia de experiências pessoais fascinantes, ainda por cima pode ser muito prazerosa. Para o pessoal da VIDA SIMPLES, tudo de que um leitor em potencial precisa para apoderar-se dos benefícios deste tipo de leitura é nada mais que um pouquinho de esforço e paciência que o ajudará a ultrapassar as primeiras páginas e deslizar sem problema pelas suas linhas cheias de tradição! Então para que você, caro amigo leitor ou futuro-leitor, não se sinta incapaz de se aventurar por essas deliciosas e marcantes páginas, aí vai um link diretinho para esta reportagem que vai mudar sua visão a respeito desses livros de peso tão grande. É só clicar AQUI!
Para acessar o site da revista clique AQUI!

sábado, 7 de maio de 2011

Antigos assuntos, novas leituras.


Há alguns dias atrás, depois de um bom tempo sem comentários sobre o assunto, vi num jornal uma notícia a respeito do conhecido caso da menina Isabella Nardoni, morta pelo pai e pela madrasta, espancada e jogada viva do sexto andar de um edifício em São Paulo. Pois bem, toda vez que a gente vê uma notícia sobre assuntos que já foram mais que batidos e rebatidos pela mídia, a gente logo torce o nariz. Eu também torci o meu, embora tivesse prestado atenção à notícia e não tivesse deixado de pensar a respeito do crime e de me lembrar de uma crônica que LYA LUFT escreveu para a revista VEJA logo após o assassinato. A notícia dizia respeito ao recálculo da pena do pai de Isabella, Alexandre Nardoni. O pai e a madrasta da menina foram condenados, o pai a pouco mais de 30 anos de prisão e a madrasta, Anna Carolina Jatobá a pouco mais de 16. O que me fez lembrar e repensar tudo isso, não é apenas este caso em si, mas uma série de outros absurdos até menos assaltados pela imprensa, que continuam se repetindo diariamente por aí, nos lugares aonde as câmeras nem sempre chegam. Falar de criminalidade no sentido de repudiá-la e combatê-la, pra mim nunca é demais, embora enjoe às vezes. E por isso, o PIBID E LEITURA posta aqui a crônica citada láá no comecinho deste post, da autora LYA LUFT:

MENINA QUASE MORTA, SOZINHA.

Como grande parte do país, acompanho obsessivamente o caso da menininha de 5 anos brutalmente maltratada, espancada, jogada no chão, esganada, e finalmente atirada pela janela como um gato morto. Corrijo: nenhum de nós jogaria pela janela um gato morto. Talvez um rato: se encontrasse um rato morto em minha casa, num gesto insensato eu o pegaria pela ponta do rabo e o jogaria pela janela (a minha também fica num 6º andar). Seria, além disso, mal-educado: não se jogam coisas pela janela de apartamentos. Nem menininhas, mortas ou vivas.



Escrevo aqui com o maior cuidado: não devo afirmar que pai e madrasta trucidaram a menina e se livraram dela como se fosse um pedaço de lixo. Para isso temos a polícia, num trabalho de primeiríssimo mundo. Então: alguém a espancou, atirou-a ao chão, talvez lhe quebrando ossinhos da bacia, e a esganou por três minutos. O termo "esganar" é meio antigo: como será apertar por três minutos o pescoço de uma criança de 5 para 6 anos? É difícil entender o tempo de agonia e dor de três minutos. Quem faz fisioterapia eventualmente é instruído: contraia esse músculo por vinte segundos. Tentem contar os 180 segundos que compõem três minutos de pavor.

Essa história terá sua explicação em breve. Mas quem cometeu essa bestialidade terá seu merecido castigo neste país das impunidades e das leis atrasadas e frouxas? Recentemente, aqui perto, um menino de 15 anos confessou na maior frieza o assassinato de dezessete pessoas. Quinze deles já foram confirmados. "Matei, sim." Talvez tenha acrescentado, num dar de ombros: "E daí?". Por ser menor de idade, como tantos assassinos iguais a ele, foi para uma dessas instituições de ressocialização nas quais não acredito para esses casos pavorosos. Logo estará livre para reiniciar com alegria sua atividade de serial killer. E, se perguntarem a razão, talvez diga como um jovem criminoso que assaltou um amigo meu: "Nada. Hoje saí a fim de matar alguém". Nossas leis vão finalmente, segundo entendi nas palavras do novo presidente do Supremo, ser realistas, graves, portanto justas? Eu quero mais: pena de morte para casos como os que citei, independentemente da idade. Pelo menos prisão perpétua, sem misericórdia. Quem cometeu o horrendo crime de São Paulo deve apodrecer numa prisão pelo resto de sua miserável vida.

A menininha atirada no minúsculo jardim de seu edifício, ainda viva, ficou ali por muito mais que três minutos. Imagino sua alminha atônita e assombrada, no escuro. Ainda presa ao corpo, ainda presente. Na loucura que o caso provoca, porque ela poderia ser nossa criança sobre todas as coisas amada, o que mais me atormenta é a sua solidão. Não a vi, em nenhum momento, abraçada, levada no colo por alguém desesperado que tentasse lhe devolver a vida que se esvaía, que a cobrisse de beijos, que a regasse de lágrimas, que a carregasse por aí gritando em agonia e pedindo ajuda. O que teria feito a pobre mãe se estivesse presente.

Estava ali deitada, a criança indefesa, como um bicho atropelado com o qual ninguém sabe o que fazer. Na nossa sociedade, em que as sombras mais escuras do nosso lado animal andam vivas e ativas, lá ficou, por um tempo interminável, caída, quebrada, arrebentada, e viva, a menina quase morta. Sozinha.



O texto foi retirado do site Revista Veja, onde você pode conferir mais notícias sobre o caso ou acompanhar os outros textos de Lya Luft.

LEITURA DIÁRIA

E vamos à nossa primeira dica! O livro de hoje é uma boa pedida pra quem está ainda começando a se apaixonar pela arte de ler, ou para aqueles que não têm muita paciência para longos textos e histórias. É um livro leve, que pode ser carregado na bolsa, e possui pequenas crônicas que podem ser lidas até durante cinco minutinhos do recreio, ou no intervalo para o cafezinho. Curioso? Enfim, nossa indicação de hoje é o "MONTANHA RUSSA", da escritora Martha Medeiros. Como já dissemos, esse livro tem vááárias crônicas e fragmentos em que Martha Medeiros, lança seu olhar de gente que sente sobre as coisas do cotidiano, como ver uma entrevista, escutar boa música e receber visitas, levando-nos a pensar pequenos atos e sentimentos com uma profundeza e sensibilidade singela e sutil. Você que quer se embrenhar pelas aventuras das primeiras leituras vai adorar esses textos nada cansativos e que dão um tapinha com luvas de pelica no nosso comodismo cotidiano! Bom apetite!




Quer saber mais sobre a autora desse livro? Então clique AQUI!

Outros livros dela: Persona non Grata, Strip-Tease, De cara Lavada, Geração Bivolt. Se eu fosse você lia todos e aproveitava muuuito! Beijos, e até!

Novo Quadro.



Olá caríssimo leitor! Como anda você? Nós do blog PIBID E LEITURA esperamos que esteja muito bem, e pra ficar ainda melhor, resolvemos criar um novo "quadro" para o blog! O novo quadro vai se chamar LEITURA DIÁRIA e vai ter como função indicar a você ótimos livros para serem lindos, tendo pra todos os gostos! Além dessa indicação mais direta de livros nesse novo quadro, vamos continuar dando sugestões de textos sobre todos os temas e assuntos para você ler, pensar e ter mais assunto pra discutir em suas rodas sociais! hehehe. Enfim. Vamos continuar ajudando você, caro internauta, a tornar-se uma pessoa muito melhor e mais antenada! Embora o quadro chame-se LEITURA DIÁRIA essas indicações de leituras não serão necessariamente feitas a cada dia, mas conforme formos pensando em algo interessante que possa ser mostrado. Bem, agora que já falamos a respeito dessa nova "seção", mãos à obra!