terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ler... Gosto ou diversão ? ! ? !

Brasileiro não gosta de ler?

A meninada precisa ser seduzida. Ler pode ser divertido

e interessante, pode entusiasmar, distrair e dar prazer


Não é a primeira vez que falo nesse assunto, o da quantidade assustadora de analfabetos deste nosso Brasil. Não sei bem a cifra oficial, e não acredito muito em cifras oficiais. Primeiro, precisa ser esclarecida a questão do que é analfabetismo. E, para mim, alfabetizado não é quem assina o nome, talvez embaixo de um documento, mas quem assina um documento que conseguiu ler e... entender. A imensa maioria dos ditos meramente alfabetizados não está nessa lista, portanto são analfabetos – um dado melancólico para qualquer país civilizado. Nem sempre um povo leitor interessa a um governo (falo de algum país ficcional), pois quem lê é informado, e vai votar com relativa lucidez. Ler e escrever faz parte de ser gente.

Sempre fui de muito ler, não por virtude, mas porque em nossa casa livro era um objeto cotidiano, como o pão e o leite. Lembro de minhas avós de livro na mão quando não estavam lidando na casa. Minha cama de menina e mocinha era embutida em prateleiras. Criança insone, meu conforto nas noites intermináveis era acender o abajur, estender a mão, e ali estavam os meus amigos. Algumas vezes acordei minha mãe esquecendo a hora e dando risadas com a boneca Emília, de Monteiro Lobato, meu ídolo em criança: fazia mil artes e todo mundo achava graça.

E a escola não conseguiu estragar esse meu amor pelas histórias e pelas palavras. Digo isso com um pouco de ironia, mas sem nenhuma depreciação ao excelente colégio onde estudei, quando criança e adolescente, que muito me preparou para o mundo maior que eu conheceria saindo de minha cidadezinha aos 18 anos. Falo da impropriedade, que talvez exista até hoje (e que não era culpa das escolas, mas dos programas educacionais), de fazer adolescentes ler os clássicos brasileiros, os românticos, seja o que for, quando eles ainda nem têm o prazer da leitura. Qualquer menino ou menina se assusta ao ler Macedo, Alencar e outros: vai achar enfadonho, não vai entender, não vai se entusiasmar. Para mim esses programas cometem um pecado básico e fatal, afastando da leitura estudantes ainda imaturos.

Como ler é um hábito raro entre nós, e a meninada chega ao colégio achando livro uma coisa quase esquisita, e leitura uma chatice, talvez ela precise ser seduzida: percebendo que ler pode ser divertido, interessante, pode entusiasmar, distrair, dar prazer. Eu sugiro crônicas, pois temos grandes cronistas no Brasil, a começar por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, além dos vivos como Verissimo e outros tantos. Além disso, cada um deve descobrir o que gosta de ler, e vai gostar, talvez, pela vida afora. Não é preciso que todos amem os clássicos nem apreciem romance ou poesia. Há quem goste de ler sobre esportes, explorações, viagens, astronáutica ou astronomia, história, artes, computação, seja o que for.

O que é preciso é ler. Revista serve, jornal é ótimo, qualquer coisa que nos faça exercitar esse órgão tão esquecido: o cérebro. Lendo a gente aprende até sem sentir, cresce, fica mais poderoso e mais forte como indivíduo, mais integrado no mundo, mais curioso, mais ligado. Mas para isso é preciso, primeiro, alfabetizar-se, e não só lá pelo ensino médio, como ainda ocorre. Os primeiros anos são fundamentais não apenas por serem os primeiros, mas por construírem a base do que seremos, faremos e aprenderemos depois. Ali nasce a atitude em relação ao nosso lugar no mundo, escolhas pessoais e profissionais, pela vida afora. Por isso, esses primeiros anos, em que se aprende a ler e a escrever, deviam ser estimulantes, firmes, fortes e eficientes (não perversamente severos). Já se faz um grande trabalho de leitura em muitas escolas. Mas, naquelas em que com 9 ou 10 anos o aluno ainda não usa com naturalidade a língua materna, pouco se pode esperar. E não há como se queixar depois, com a eterna reclamação de que brasileiro não gosta de ler: essa porta nem lhe foi aberta.


Fonte:                                                                                                                                   Lya Luft (escritora)

Edição 2125 / 12 de agosto de 2009.


                                                                                                        








segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A história das coisas (parte 2)



História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo. Revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo e, nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.

A história das coisas (parte 1)

Um breve documentário que nos mostra de uma forma crítica e bem humorada as profundas relações existentes entre nosso consumismo descontrolado e a degradação do mundo em que vivemos.

História das Coisas, versão
brasileira do documentário
The Story of Stuff, de Annie Leonard.

Línguas: Vidas em Português

Este agradável documentário mostra cenas cotidianas de falantes da língua portuguesa em várias regiões do mundo – de Moçambique à Portugal, das favelas do Rio de Janeiro à Goa (ex – Colônia de Portugal na Índia). Um vídeo que nos mostra o quanto a língua que falamos nos torna mais próximos de pessoas aparentemente distantes.

Lançado em 2004 no Brasil e em Portugal
Em uma direção de: Victor Lopes
Autores: João Ubaldo; José Saramago;
Mia Couto e outros.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Revistas para o público jovem

Aqui vamos divulgar revistas que tenham temas voltados ao público jovem, indicando propostas de textos  de diferentes gêneros aos professores de todas as áreas e aos alunos.

http://vidasimples.abril.com.br/    

Nessa revista encontramos artigos e reportagens com temáticas atuais voltadas para a preservação e uso inteligente do meio ambiente, discutindo também nossa relação com o mundo do consumo e do convívio em sociedade.







http://revistalingua.uol.com.br/    

A revista Língua Portuguesa é uma publicação mensal da Editora Segmento que busca identificar e colocar em discussão os aspectos mais relevantes da língua e da fala brasileira.

A publicação é pioneira, constituindo um valioso instrumento de atualização de conhecimentos e de qualificação pedagógica para os profissionais do setor educacional. O interesse pelo tema é inegavelmente grande, urgente sinal de que as pessoas de todos os estratos sociais entendem a importância de falar e escrever bem, seja na forma culta ou popular.

Seu objetivo é apresentar a diversidade do idioma em suas várias aplicações no cotidiano e permitir a consciência das pessoas sobre como usar o português, fazendo correções e respeitando as variantes.




Esta é uma revista considerada investigativa e esclarecedora que
repercute em todo o país, com reportagens que antecipam e explicam
as grandes questões do Brasil e do mundo.






A revista Galileu seleciona e traduz as mais inovadoras e relevantes ideias nos campos do comportamento, da ciência e da tecnologia, também acompanha os principais movimentos e tendências de consumo e traz histórias com personagens revolucionários e inspiradores. ótima para pesquisas, e assuntos relacionados a ciência e tecnologia.






Essa é uma revista semanal, que divulga entrevistas e reportagens sobre cultura, pesquisas científicas, política, atualidades, economia, comportamento e saúde. Enfim, é uma ótima possibilidade de pesquisas para seu trabalho!











Revista semanal de informação, tem como proposta informar com consistência e profundidade sobre política, economia, sociedade e cultura. Por sua capacidade rara de refletir e analisar com imparcialidade os acontecimentos, é considerada leitura obrigatória para os que buscam informação exclusiva e antecipação dos acontecimentos.











A Revista RDM é um produto da mesma empresa, cujo objetivo é a cobertura dos principais acontecimentos de seus mercados de atuação (Mato Grosso), além de seus desdobramentos nacionais relacionados às áreas de economia, negócios, política, meio ambiente, turismo, comportamento, cultura e variedades. Atentos a todos os movimentos e tendências da sociedade, essa revista destina-se a um público exigente inserido nas classes A e B, que cobra informação precisa e de qualidade. Há 12 anos no mercado editorial, RDM surpreendeu e rapidamente se consolidou como a melhor revista do Centro-Oeste, graças à sua insuperável qualidade editorial e gráfica.







Tenho certeza que cada uma trará algo novo, e interessante que te chame a atenção...

Experimente...